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Editorial

Por Alice Carpes
EDITORA CHEFE

Há 75 anos nascia o principal documento a reconhecer o princípio de dignidade humana e a estabelecer o caráter universal dos direitos humanos para todos os povos, sem distinção. O mundo tinha acabado de sair da Segunda Guerra Mundial e 50 nações, sendo o Brasil uma delas, reuniram-se na Conferência de São Francisco (1945) para assinar a Carta das Nações Unidas, fundando a Organização das Nações Unidas (ONU). Todos com um objetivo em comum: a paz mundial. Em 1948 foi publicado o documento oficial da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). Como se encontram esses direitos décadas depois? O que há para comemorar?

Embora a DUDH seja o documento mais traduzido no mundo e considerada uma das maiores conquistas da humanidade, o tema direitos humanos ainda é confuso para muitas pessoas. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, em 2018, 63% dos brasileiros diziam-se a favor dos direitos humanos, cerca de 73% gostariam de entender melhor a situação dessas garantias no Brasil. No entanto, 66% acreditavam que esses direitos defendem mais bandidos que vítimas. Tal contradição, demonstra que existem muitas questões a serem esmiuçadas e entendidas sobre o assunto.

Em sua 35ª edição, a Curinga traz uma série de reportagens, em sete capítulos, que exploram as complexidades dos direitos humanos. Iniciamos nosso trajeto contextualizando a
criação da DUDH, explorando a configuração mundial da época até os dias de hoje. Em seguida, debruçamo-nos sobre as discriminações estruturais no mundo do trabalho e na vida cotidiana reproduzidas historicamente no Brasil.

Nossa análise irá além. Com a participação especial de Andréia de Jesus, presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, o
documentário Fé no Direitos Humanos investiga as ideologias conservadoras que, sob a alegação de preservação da moral e dos “bons costumes”, muitas vezes violam direitos fundamentais. Em seguida, discutimos o conflito entre mercado e valores universais, como o acesso à educação. Em contrapartida, mostramos, por meio de uma imersão fotográfica no assentamento Denis Gonçalves, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Goianá - MG, outra perspectiva de promover a dignidade humana.

O percurso termina com uma
entrevista especial com dois convidados: Maria Emília da Silva e João Batista Moreira Pinto, fundadores do Instituto DH, em Belo Horizonte, que, desde 2007, atua na defesa e promoção dos direitos humanos em sua “universalidade e indivisibilidade”. Com a dupla, finalizamos a edição discutindo os desafios e possíveis caminhos para garantir direito a todas as pessoas.

Para dar início a leitura dos nossos capítulos, clique 
aqui, em seguida acesse a próxima matéria pela barra de navegação no canto inferior.

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Produto editorial da disciplina
Laboratório Integrado II: Grande Reportagem, elaborado por estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto

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