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<foto> Matheus Camargos
FAUNA DE AZAR
Podcast revela os perigos de jogos de aposta on-line, como o do Tigrinho, e os desafios da regulamentação das bets no Brasil
Ana Carolina Caetano, Julia Raydan, Lucas Menezes, Maria Fernanda Melo e Matheus Camargos
[Outubro, 2024]
O jogo do bicho, o Tigrinho e as bets esportivas são exemplos de jogos de apostas que podem levar os apostadores a sérias dificuldades financeiras e problemas de saúde mental. Tudo começa com uma aposta pequena, apenas para testar a sorte. O jogador sente aquela adrenalina após ganhar, ou até mesmo quando chega perto da vitória. Isso lhe dá uma sensação boa e a vontade de repetir a experiência. Com o tempo, começa a apostar mais, acreditando na ilusão de que pode “prever" os resultados e que está no controle.
Gradualmente, é comum o apostador começar a negligenciar suas responsabilidades financeiras, pessoais e profissionais. O jogador muitas vezes se isola, tem dificuldades de manter a rotina com a qual já estava habituado, e o ciclo se torna cada vez mais difícil de quebrar. Tem-se aí uma espiral de endividamento e sofrimento psicológico.
Esses problemas passam a ser intensificados pelos comportamentos viciantes que as ferramentas estimulam. Logo de cara, elas oferecem bônus atraentes para os novos usuários, como apostas grátis ou valores extras sobre o depósito inicial. Além disso, a experiência é toda projetada para ser rápida e fácil. Com poucos cliques, o jogador pode apostar de qualquer lugar, a qualquer hora, o que facilita o comportamento compulsivo.
O podcast Fauna de Azar aprofunda a discussão sobre o crescente fenômeno dos jogos de azar e das apostas on-line, com destaque para a popularidade do jogo do Tigrinho no Brasil. Dados recentes do portal UOL, mostram que cerca de 58,52% dos jogadores em cassinos on-line participam do tigrinho. A jogabilidade acessível têm contribuído para esse sucesso, principalmente com apoio de divulgação nas redes sociais.
Vendido como uma forma divertida de entretenimento, um dos aspectos mais preocupantes desse cenário é a divulgação dos jogos de azar por influenciadores digitais. Figuras públicas seduzem seus seguidores com promessas de ganhos rápidos e fáceis.
O podcast da edição 37 da Curinga apresenta três episódios que contextualizam os jogos de azar no Brasil e apontam as principais problemáticas acerca da divulgação e regulamentação da prática no país.
Escute os episódios e mergulhe nos efeitos dessas práticas de aposta na sociedade e os desafios atuais enfrentados na tentativa de regulamentar as plataformas responsáveis pela expansão descontrolada desse fenômeno.
Já ouviu falar no "Jogo do Tigrinho"? No primeiro episódio do podcast da 37ª edição da Revista Curinga, entrevistamos apostadores e o especialista Octavio Penna, assessor de políticas digitais da Presidência da República, a fim de investigar a febre dos cassinos on-line no Brasil.
Para entender a invasão do “Jogo do Tigrinho" nas redes sociais e as histórias mal contadas de gente que fica rica do dia para noite, no segundo episódio da temporada, conversamos com a cientista social Nina Desgranges, para compreender o universo da profissão controversa dos influenciadores digitais.
Ao explorar o histórico dos jogos de azar, ficam evidentes as lacunas na regulamentação. Neste último episódio, o Delegado Arthur Benício explica como as plataformas de cassinos on-line atuam na zona cinzenta da legislação; e o psicólogo Thiago Torres analisa os impactos da ludopatia digital.
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